sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

INDIGESTÕES

O sistema digestivo dos bovinos, assim como o dos demais ruminantes, é algo de espetacular. Ao longo dos milhares de anos de sua evolução, esses animais desenvolveram a capacidade de transformar alimentos grosseiros e de baixa qualidade, em proteínas delicadas e de elevado teor nutritivo.
Essa capacidade deve-se basicamente ao fato de o estômago dos bovinos ser divido em quatro compartimentos. Nos três primeiros compartimentos (rúmen, retículo e omaso) todo alimento ingerido fica em constante movimentação, indo e voltando à boca do animal sucessivas vezes. Esse processo faz com que o animal vá triturando a massa alimentar e misturando com saliva.
Toda essa massa serve para que vários tipos de microrganismos benéficos ao animal se proliferem. Como se pode ver, nem todo microrganismo é prejudicial ao animal. No fundo, tudo que um bovino come nada mais é do que a matéria-prima para o desenvolvimento de microrganismos.
O bovino, na realidade, digere os microrganismos e não o capim que come. São esses microrganismos que serão levados ao quarto compartimento (abomaso) na forma de um suco estomacal. Aí suas proteínas são digeridas e servem de alimento para o bovino.
Por isso tudo, todo o funcionamento do sistema digestivo visa manter as melhores condições para a proliferação desta população microbiana. Qualquer pertubação nestas condições pode causar uma disfunção digestiva.
As Indigestões nos bovinos são causadas pelo tipo ou quantidade de alimento ingerido. São inúmeras as formas de indigestões nos bovinos. As mais frequentes são:
1. Empanzinamento: quando o animal ingere quantidade excessiva de alimentos, sobretudo ração;
2. Acidose lática: quando o animal ingere dietas ricas em grãos;
3. Reticulite traumática: quando o animal ingere pregos ou outros metais pontiagudos, como pedaços de arame;
4. Alcalose ruminal: quando o animal ingere quantidades excessivas de alimentos muito alcalinos, como uréia ou silagens apodrecidas;
5. Timpanismo ou meteorismo: quando ocorre o acúmulo de gás no rúmen, por diversos motivos.
Como reconhecer
Apesar de as indigestões poderem ocorrer em bovinos de corte mantidos a pasto, são essencialmente uma doença de animais confinados ou estabulados. São assim, muito comuns em gado leiteiro ou em bovinos de confinamentos.
Os sintomas variam muito de acordo com o tipo de indigestão. Todavia, a dilatação do abdômen é o sintoma mais frequente. Os tratadores normalmente dizem que "a vaca está estufada" ou algo parecido. Alguns quadros, como a reticulite traumática, podem também ser extremamente dolorosos.
Os animais podem se mostrar apáticos ou prostrados e, dependendo do tipo de ingestão, podem até morrer.
Como tratar
Naturalmente não existe uma maneira simples de se tratar todas as indigestões dos bovinos. Depende muito do tipo de indigestão. Existem alguns medicamentos que podem ser administrados pela boca do animal para ajustar a acidez dos estômagos ou para facilitar a eliminação dos gases. Em alguns casos pode ser necessária a intervenção direta de um veterinário para que seja feito rapidamente o alívio da pressão no interior do estômago, quer seja pela passagem de sondas ou mesma por cirurgias abdominais.
Como evitar
A alimentação de animais estabulados ou confinados deve ser bem balanceada e calculada por um técnico especializado. Muitos criadores, na expectativa de verem seus animais engordarem e crescerem rapidamente, abusam das rações, fato que pode trazer conseqüências sérias. O oposto também é problemático, isto é, alimentação de baixa qualidade, como palhas e sabugos, também pode provocar problemas.
A qualidade de silagem deve ser verificada, principalmente aquela que vem das paredes do silo, pois pode estar podre.
Outro aspecto importante é o controle de metais pontiagudos. Todos os veterinários de campo se cansam de operar vacas para remover pregos e pedaços de arame de seus estômagos. Ao construírem cercas, os funcionários de uma fazenda utilizam grande quantidade de pregos e arames. É muito comum não recolherem o material não aproveitado e abandonarem nas proximidades restos desses materiais. Essa conduta desleixada pode trazer conseqüências trágicas para o gado.
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