quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

DIARRÉIA

Todo criador sabe da importância das Diarréias de bezerros sobre a lucratividade da empresa rural. Além das perdas imediatas – às vezes até com mortalidade – as diarréias atrasam o crescimento dos bezerros, atrapalhando todas as fases subsequentes da criação.
Em princípio, a diarréia não é uma doença por si só. Na verdade, ela é um sintoma, um sinal comum a diversas doenças. Na prática, não é fácil determinar com exatidão qual a doença está acometendo animal com diarréia, até porque, muitas vezes, mais de um agente está envolvido simultaneamente. De qualquer maneira, uma grande quantidade de bactérias (Escherichia coli, Salmonella spp), vírus (Rotavirus, Coronavirus) e Protozoários (Coccidia, Eimeria) estão envolvidos nos quadros de diarréia.
Existe, entretanto, certa predisposição para determinados agentes em função da idade do bezerro. Na primeira semana de vida, as diarréias causadas por E.coli e Rotavirus são mais freqüentes. Diarréias por Salmonella spp ou paratifo ocorrem mais freqüentemente em animais com duas ou mais semanas de idade. A coccidiose costuma aparecer em bezerros mais de um mês de idade.
Diárreias de origem nutricional também podem ocorrer. Em animais jovens estão relacionadas à excessiva ingestão de leite. Em adultos pode ocorrer quando os animais são colocados em pastagem jovem, rica em brotos (diarréia da brota).
A doença é extremamente comum em bezerros criados confinados em bezerreiros. Mas também ocorre em gado de corte criado em campo.
A diarréia aparece com mais facilidade em bezerros debilitados ou submetidos à falta de higiene. Em bezerreiros úmidos e superlotados a multiplicação dos agentes agressores é bastante favorecida e o desafio ao organismo do bezerro aumenta.
Mas o aparecimento da doença depende muito da capacidade de defesa dos animais. Falta de colostro, desnutrição, altas cargas de parasitas debilitam o animal e facilitam o desencadeamento dos sintomas.
Como reconhecer
Em geral, antes do aparecimento da diarréia, os bezerros passam por um período de falta de apetite e depressão. Então as fezes apresentam-se ligeiramente pastosas ou mesmo aquosas e os bezerros já relutam em se alimentar. Às vezes a febre aparece.
Esse quadro, onde há perdas e não há reposição, leva a uma das principais conseqüências das diarréias: a desidratação que torna a pele ressecada e sem elasticidade, olhos profundos e uma marcante apatia.
Em casos graves, o animal pode ficar permanentemente deitado e com as extremidades dos membros frias. Algumas diarrérias evoluem para a evacuação de sangue puro, dependendo principalmente da agressividade do agente causador.
Como tratar
A primeira medida deve ser a reposição de água e de eletrólitos. A reidratação é sem dúvida o ponto principal do tratamento das diarréias. Algumas drogas, porém, podem ser administradas sob indicação do veterinário, como sulfas, antibióticos e protetores de mucosa. Animais jovens com diarréias severas devem ter o fornecimento de leite temporariamente suprimido. Nesses casos, a aplicação de soluções com glicose é indicada como suporte. O leite deve voltar a ser administrado aos poucos, diluído na solução hidratante em concentrações gradativamente maiores.
Como evitar
A umidade é uma das grandes inimigas da saúde dos bezerros de maneira geral. Não há como manter bezerros sadios em ambientes muito úmidos. Por isso, recomenda-se que os bezerros estabulados sejam mantidos em bezerreiros suspensos sobre estrados, de forma a garantir que fiquem secos.
Há problemas com instalações cimentadas, pois precisam ser lavadas constantemente e a água da lavagem torna o ambiente úmido, o que não é desejável.
As cabaninhas móveis para bezerros só devem ser usadas se forem realmente mudadas diariamente de lugar, para que o chão permaneça limpo e seco.
A quantidade de animais no bezerreiro deve ser controlada. A superpopulação é um importante fator de estresse. O ideal seriam que os bezerros fossem mantidos em bezerreiros individuais e sobre estrado.
Os cuidados recomendados para recém-nascidos devem ser seguidos à risca: a administração do colostro nas primeiras horas da vida e o tratamento adequado do umbigo desses animais são vitais para que o estado geral dos bezerro seja bom.
Algumas vacinas podem ser empregadas para determinados agentes.
Matrizes no último terço da gestação devem ser vacinadas contra paratifo, colibacilose e rotavirose. Os bezerros serão imunizados de acordo com o esquema recomendado para cada uma dessas enfermidades.
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